COMUNICADO DE IMPRENSA DO SEIA FUTEBOL CLUBE - FUTSAL

 

COMUNICADO DE IMPRENSA

No dia 2 de Abril de 2010 realizou-se o jogo para o campeonato distrital de Futsal da A. F. Guarda que colocou frente a frente as equipas do G. D. C. Aldeia Viçosa (na qualidade de visitado) e do Seia Futebol Clube (na qualidade de visitante).

O Seia Futebol Clube foi recebido no Pavilhão Municipal de Celorico da Beira com insultos, provocações e canticos xenófobos da parte da claque do clube da casa.

Desde o inicio que alertámos a G.N.R. para o clima difícil, pois na 1ª volta os adeptos da equipa do Aldeia Viçosa causaram distúrbios no nosso recinto. A G.N.R. prestou um serviço de louvar do inicio ao fim do jogo. Podemos constatar inclusive que antes do inicio do jogo foram os próprios agentes que retiraram pedaços de madeira que se encontravam no lado da bancada onde estavam os adeptos da equipa visitada.

Antes do inicio do jogo as duas equipas tinham os calções da mesma cor (verde), tendo a Delegada da equipa do Seia F. C. comunicado á equipa de arbitragem tal facto. A mesma solicitou à equipa visitada que teriam de trocar de calções, por serem da mesma cor. O delegado da equipa adversária comunicou que não tinha outros. Sendo essa a informação que o árbitro principal deu. De imediato a Delegada, disse ao árbitro principal que o jogo a efectuar-se assim estaria sob protesto.

O jogo decorreu dentro da normalidade, indiferente aos cânticos. Existiram alguns lances susceptíveis de dualidade de critérios, os quais não queremos confrontar, pois um jogo é feito de várias visões e opiniões.

No final da 2ª parte e quando tínhamos já 8 faltas assinaladas a nosso favor, começou-se a notar o aproximar dos adeptos da equipa da casa aos "varões" que separam a bancada do recinto de jogo. A pressão exercida sobre os árbitros dos adeptos da casa, e o "queimar" de tempo da equipa de Aldeia Viçosa estavam a aumentar o tempo de jogo.

De repente, depois de mais uma falta sofrida os adeptos saltam os "varões" e ficam na parte de dentro do recinto, tendo de imediato a G.N.R. colocado os efectivos a desmobilizar os adeptos da equipa da casa do recinto. Percebemos depois que isso devia-se ao resultado das duas equipas que jogavam em Almeida, pois o jogo tinha terminado com vitória do Almeida 4-1 frente ao Lusitânia. Isto fazia com que o vencedor deste jogo pudesse fazer a festa de campeão.

Tal facto levou a que o árbitro, quando se preparava para a marcação de uma sanção disciplinar, se tenha deparado com adeptos a "invadir" o terreno de jogo, não tendo o árbitro acabado o jogo, conforme constou no seu relatório. Foram atiradas garrafas de água para dentro do recinto ainda com ele a decorrer. Durante uns minutos a G.N.R. tirou vários adeptos do recinto e rodeou a equipa de arbitragem para não haver possíveis confrontos. Mas a festa era de tal ordem que nem fotógrafos, nem as crianças, nem elementos da equipa técnica do clube da casa desmobilizaram de dentro do recinto de jogo.

O capitão do Seia F. C. confrontou junto da G.N.R. alguns elementos que se identificarem dentro do recinto de jogo, como jornalistas e outros que não constavam na ficha de jogo.

Com a situação criada, os jogadores dirigiram-se ao árbitro, que indicou para irem para os balneários, pois deixaram de haver condições, não tendo sequer esperado pela recolha dos atletas aos balneários.

No final, o 2º delegado dirigiu-se á cabine de arbitragem para protestar o jogo conforme o regulamento, pelo já mencionado no inicio de jogo e pela invasão de campo verificada, que provocou o fim do jogo sem o árbitro o dar como tal.

Por tudo isto foi entregue no dia 6 de Abril de 2011 na A. F. Guarda, protesto do jogo nº 51100122.

O protesto refere os acontecimentos descritos e baseia-se no regulamento disciplinar da A. F. Guarda.

Tais factos só deveriam ter um desfecho, que era:

"o Clube responsável é punido com pena de DERROTA E MULTA DE 150,00€ A 400,00€."

Perante tais factos a A. F. Guarda no comunicado dos castigos da semana aplica uma multa de 250€ á equipa visitada, por comportamento incorrecto, mas não decide em processo sumário a derrota da equipa visitada e a atribuição dos 3 pontos á equipa visitante.

Mais nos choca quando recebemos no dia 21 de Abril de 2011 uma comunicação da A. F. Guarda, que decide em relação ao protesto apresentado, nada decidir, por:

- o Conselho de Disciplina dizer que não tem competência para apreciar este protesto;

- o Conselho de Justiça dizer que não tem competência para decidir o peticionado, ordenando a remessa ao órgão competente.

Além de tudo isto o Conselho de Justiça ainda deixa no ar o seguinte, "estar-se-á, pois, perante lacuna legal, a integrar nos termos legais?", tendo a mesma referenciado que não existe "Direcção Técnica Regional", criada pela A. F. Guarda para decidir estes casos conforme está previsto no regulamento disciplinar.

Tudo isto nos faz recorrer, de uma não decisão por parte da A. F. Guarda, que põe em causa a verdade desportiva e a não homologação para já, do campeonato distrital de Futsal da A. F. Guarda. Não foram ouvidas as testemunhas indicadas, nem os intervenientes do jogo, o que por si só não contempla o direito a que nos assiste.

A A. F. Guarda, só poderá ter equipas fortes nos Nacionais, se praticar uma política de verdade desportiva e de competição construtiva, para ter bons resultados, que não têm aparecido nos últimos anos. Talvez seja a altura de se tomarem decisões para que tudo isso se inverta.

O momento de viragem deve ser agora, não deixando nenhuma decisão ao acaso do tempo.

Queremos que seja feita justiça, com clareza e que se sigam os regulamentos, pois foram criados para isso mesmo. Não podemos ficar sem resposta, por isso decidimos publicamente mostrar toda a nossa indignação pela não decisão de um processo tão claro. Achamos mesmo que a própria F. P. F., tenha conhecimento do caso para poder ajudar a sua associada, A. F. Guarda, a decidir honrosamente.

A Direcção

 

Seia, 28 de Abril de 2011